Almada Negreiros


Nome: José Sobral de Almada Negreiros

Nascimento: 7 de abril de 1893

Falecimento: 15 de junho de 1970

Nacionalidade: Português

Artista e escritor multifacetado, José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de junho de 1970, em Lisboa.

Órfão desde tenra idade, Almada Negreiros viajou para Lisboa aos sete anos para viver com a tia materna. Frequentou a escola primária e secundária em Lisboa, o colégio dos Jesuítas em Campolide, o Liceu de Coimbra e o Colégio Nacional em Lisboa.

Entre 1919 e 1920 estudou pintura em Paris, onde trabalhou como dançarino de cabaré e foi empregado numa fábrica de velas, onde escreveu diversos textos e gráficos que se tornaram famosos na capital francesa, como "Autorretrato".

Viveu em Espanha entre 1927 e 1932, onde executou diversas encomendas para particulares e para o público. Embora já tivesse colaborado com textos e gráficos em algumas publicações como o Portugal Artístico ou a Ilustração Portuguesa e tivesse participado com sucesso no 1º salão do Grupo dos Humoristas Portugueses, foi a sua colaboração no nº 1 do Orfeu em 1915 onde publicou um um texto ainda pouco revelador de Frizos (A Cena do Ódio, destinada a Orfeu 3, só seria publicada na Contemporânea), que lhe daria as bases para uma atitude iconoclasta (o Manifesto Anti-Dantas, apresentado no mesmo ano, é modelo neste ataque generalizado à inteligência convencional, burguesa e antiquada e torna-se um dos principais representantes da vertente vanguardista do movimento modernista.

Paralelamente, desenvolve uma intensa atividade artística, colaborando com a criação gráfica e literária em diversas publicações como o Diário de Lisboa, Athena, Presença, Revista Portuguesa, Cadernos de Poesia, Panorama, Atlântico, Seara Nova e fundou outras, p. Cadernos de Almada- Negreiros", SW, onde no primeiro número de 1935 tenta com a máxima clareza comparar as relações entre civilização e cultura, entre arte e política, entre o individual e o colectivo, aí publicou também um dos seus vários textos dramáticos SOS, que estariam juntos com Mulher-Desejo parte do projeto, escrito originalmente em espanhol, Tragédia da Unidade.

A análise da obra de Almada-Negreiros não pode deixar de ter em conta a complementaridade que as diferentes formas de expressão artística nela adquirem, nem de verificar que independentemente do meio escolhido (cenário e coreografia para bailados, exposições, happenings, produções publicitárias) o cinema , jornais manuscritos, telas , frescos, mosaicos, vitrais, painéis de azulejos, entrevistas radiofónicas, cenários e figurinos, tapeçarias, etc.), todas as realizações artísticas de Almada se caracterizam por alguns traços comuns não necessariamente opostos, como o glamour e irreverência, ingenuidade e inteligência, populismo e esteticismo, abstração e concreto.

A "poética da ingenuidade", explicada por Celina Silva, anulando qualquer descontinuidade entre a forma linguística do poema, o drama, o texto interveniente e a expressão do ensaio, a teoria poética ou filosófica, encontraria a "sofisticação da simplicidade" (cf.. Sena, Jorge de in Obras Completas de Almada Negreiros, Volume I, Lisboa, INCM, 1985, p. 17) o equilíbrio entre poesia e saber num autor para quem "a poesia 'sabe' e 'não sabe' ". " (Prefácio do livro de qualquer poeta).

Realizado por: Francisca Sousa e Margarida Baptista do 12LH1
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