Fernando Pessoa

Nome: Fernando António Nogueira Pessoa

Nascimento: 13 de Junho de 1888

Falecimento: 30 de Novembro de 1935

Nacionalidade: Português


Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido por todos como Fernando Pessoa, foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo português. Este poeta criou os seus próprios heterônimos, ou seja, poetas com personalidades próprias que escreveram a sua poesia e, com eles procurava detetar, sob vários pontos, os dramas do homem de seu tempo. 

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de junho de 1888, em Lisboa, e poucas vezes deixou a cidade e os seus arredores em adulto, mas passou nove anos da sua infância em Durban, na colónia britânica da África do Sul, onde o seu padrasto era o cônsul Português. Fernando Pessoa tornou-se um rapaz tímido e cheio de imaginação, e um estudante brilhante; e pouco tempo depois de completar 17 anos, voltou a Lisboa para entrar no Curso Superior de Letras, que abandonou depois de dois anos, sem ter feito um único exame, preferindo estudar por sua própria conta na Biblioteca Nacional, onde leu livros de filosofia, de religião, de sociologia e de literatura (portuguesa em particular) a fim de completar e expandir a educação tradicional inglesa que recebera na África do Sul. A sua produção de poesia e de prosa em inglês foi intensa durante este período, e por volta de 1910, já escrevia também muito em português. Publicou o seu primeiro ensaio de crítica literária em 1912, o primeiro texto de prosa criativa (um trecho do Livro do Desassossego) em 1913, e os primeiros poemas de adulto em 1914.

Durante a sua vida por vezes viveu com parentes, outras vezes em quartos alugados, ganhava a vida fazendo traduções ocasionais e redação de cartas em inglês e francês para firmas portuguesas com negócios no estrangeiro. Embora solitário, com uma vida social limitada e quase sem vida amorosa, foi um líder ativo da corrente modernista em Portugal, na década de 1910, e ele próprio inventou alguns movimentos, entre os quais um «Intersecionismo» de inspiração cubista e um estridente e semi-futurista «Sensacionismo». Pessoa manteve-se afastado das luzes da ribalta, exercendo a sua influência, todavia, através da escrita e das tertúlias com algumas das mais notáveis figuras literárias portuguesas. No entanto, estava convicto do próprio génio, e vivia em função da sua escrita. Embora não tivesse pressa em publicar, tinha planos grandiosos para edições da sua obra completa em português e inglês e, ao que parece, guardou a quase totalidade daquilo que escreveu.

Em 1920, a sua mãe, após a morte do segundo marido, deixou a África do Sul de regresso a Lisboa. Pessoa alugou um andar para a família reunida - ele, a mãe, a meia irmã e os dois meios irmãos - na Rua Coelho da Rocha, n.º 16, naquela que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Foi aí que passou os últimos quinze anos da sua vida , convivendo ativamente com a mãe, que morreu em 1925, e com a meia irmã, o cunhado e os dois filhos do casal (os meios irmãos de Pessoa emigraram para a Inglaterra), embora também passasse longas temporadas em casa sozinho; ninguém fazia ideia de quão imenso e variado era o universo literário acumulado na grande arca onde ia guardando os seus escritos ao longo dos anos.

Espólio de Pessoa: a célebre arca, com mais de 25 000 páginas, e parte da sua biblioteca pessoal.
Espólio de Pessoa: a célebre arca, com mais de 25 000 páginas, e parte da sua biblioteca pessoal.

O conteúdo dessa arca - que hoje constitui o Espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa - compreende mais de 25 mil folhas com poesia, peças de teatro, contos, filosofia, crítica literária, traduções, teoria linguística, textos políticos, cartas astrológicas e outros textos sortidos, tanto dactilografados como escritos ou rabiscados ilegivelmente à mão, em português, inglês e francês. Fernando Pessoa escrevia em cadernos de notas, em folhas soltas, no verso de cartas, em anúncios e panfletos, no papel timbrado das firmas para as quais trabalhava e dos cafés que frequentava, em sobrescritos, em sobras de papel e nas margens dos seus textos antigos. Para aumentar a confusão, escreveu sob dezenas de nomes, uma prática - ou compulsão - que começou na infância. Chamou heterónimos aos mais importantes destes «outros eus», dotando-os de biografias, características físicas, personalidades, visões políticas, atitudes religiosas e atividades literárias próprias. Algumas das mais memoráveis obras de Pessoa escritas em português foram por ele atribuídas aos três principais heterónimos poéticos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e ao «semi-heterónimo» Bernardo Soares. Os muitos outros alter-egos de Pessoa incluem tradutores, escritores de contos, um crítico literário inglês, um astrólogo, um filósofo, um frade e um nobre infeliz que se suicidou. Havia até um seu «outro eu» feminino: uma pobre corcunda com tuberculose chamada Maria José, perdidamente enamorada de um serralheiro que passava pela janela onde ela sempre estava, olhando e sonhando. Para além disto, este poeta foi um dos criadores da revista Orpheu no século XIX em Portugal, uma revista vanguardista que consagrava o romper com os cânones antigos e o inicio da era modernista. 

Algumas das obras de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa foi internado no dia 29 de Novembro de 1935, no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, com diagnóstico de "cólica hepática" causada por cálculo biliar associado a cirrose hepática; infelizmente faleceu nesse hospital, na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa, no dia 30 de novembro de 1935, pelas 20h, com 47 anos.

Hoje, mais de oitenta anos após a morte de Pessoa, o seu vasto mundo literário ainda não está completamente inventariado pelos estudiosos, e uma importante parte das suas obras em prosa continua à espera de ser publicada. Há a existência da Casa Fernando Pessoa, hoje usada como um espaço de e para leitura que nasceu do interior dos livros. biblioteca que pertenceu a Fernando Pessoa, cm os livros que comprou, recebeu de amigos, ganhou, herdou, editou, leu e profusamente anotou constitui o maior valor da Casa Fernando Pessoa. 

Curiosidades

- o seu pai faleceu de tuberculoso quando apenas tinha 5 anos de idade; 

- gostava muito de astrologia, gostava de fazer mapas astrais de amigos, parentes, conhecidos e até de personalidades históricas;

- quando chegou atrasado num encontro com o escritor José Régio, pediu desculpas por Fernando Pessoa nao comparecer e que era Álvaro Campos.

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Francisca Sousa, 12LH1

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